terça-feira, 17 de junho de 2008

Minha Família.
Minha família, aquela que me deu base, chão, me influenciou, me ensinou, é toda ela materna. Dos meus avós por parte de pai, não conheço quase nada, por conta do nosso pouco contato. Mas isso não me gerou mim nenhum sentimento ruim, ao contrário, como convivi muito pouco com eles, minhas lembranças são muito vagas.
O começo foi assim, chegaram os bisavós maternos a São Paulo advindos do Líbano, de uma cidade chamada Miniara. Da bisavó Marta eu sei pouco, mas do Bisavô José sei que era um turco a moda antiga: machista, rígido, bêbado, mas muito festeiro, espirituoso e extremamente carismático.
Tiveram nove filhos, entre eles minha avó, Georgina viva, até hoje e atualmente com 93 anos.
A família inteira morava na Vila Madalena, bairro que representa bem o sentimento que tenho pela minha família, que é de aconchego, abertura, aceitação do outro, uma espécie de clã que permite tudo.
Essa casa era povoada por gente de todo tipo, um reduto de diferentes personalidades. Todos pareciam ciganos, faziam festas que duravam três dias, cantando e dançando, as crianças viviam soltas.
Minha avó casou com seu primo de primeiro grau chamado Uadid. Do casamento nasceram quatro filhos, minha mãe, Maria de Lourdes e meus tios: Vera, Jorge e José Eduardo.
Minha mãe, hoje com pouco mais de 60 anos, me remete a um referencial forte e destemido de mulher. A mais velha dos irmãos, se formou em Direito no Mackenzie, na época da ditadura, era líder do grêmio estudantil. Trabalhou duro e sempre nos proporcionou o melhor que pôde. Meus pais se divorciaram quando eu tinha seis meses, minha mãe assumiu todos os papéis nas nossas vidas, tanto emocionais como financeiros.
Dos irmãos da minha mãe nasceram 9 primos, primos unidos, parceiros, companheiros da vida.
Os almoços de domingo são uma tradição para a turcaiada até hoje, há mais de 60 anos o costume se repete, as pessoas apenas vão mudando, uns morrendo, outros nascendo. Faça chuva ou sol esse é o nosso ritual familiar, onde aprendemos, ouvimos e vivenciamos pequenos discursos em torno da mesa, o mesmo ritual de sempre.
Eu, fui a primeira neta a ter filho nessa última geração. Tomás, representa a parte mais linda, mais doce. Aprendo muito com ele, todos os dias quando brincamos de carrinho no chão, ou quando ouço ele cantar, ou quando ele me beija e abraça, enfim, tudo nele é mágico, sem dúvida minha melhor parte.

6 comentários:

PedroClash disse...

Oi Nanarinha,linda a história de sua família. Vem lá de trás onde tudo começou e termina na família que está construindo.

Grande abreijo

ec² disse...

noooooooooooooooooooooossa
saiu o segndo post.....
vamos comemorar, hehehehehhehehe
muie, quero mas..........escreve ai, ficamos com vontade de ler mas coisas sua.........

beijos carioca

Marcos Bonilha disse...

Muito legal a história da sua família Ná.

É legal valorizar o passado de nossos antepassados, pena que a da minha se perdeu em algum lugar nebuloso da Espanha, durante o franquismo.

Beijos e vê se escreve mais kct!

Unknown disse...

Já tive o prazer de participar de domingos junto a familia Abdallah, é realmente curioso, confortsnte e sempre causa reflexões.
Conecte-se profundamente com isso, você vai precisar no futuro.

Um super beijo
Rê-comentando

Unknown disse...

Já tive o prazer de participar de domingos junto a familia Abdallah, é realmente curioso, confortsnte e sempre causa reflexões.
Conecte-se profundamente com isso, você vai precisar no futuro.

Um super beijo
Rê-comentando

Boothead disse...

Lindo Ná!!!
beijos