quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Guerra


Boa expressão que ouvi sábado.. “Hoje a prática foi uma guerra”

A minha foi, nossa, tava difícil, esforço, esforço, esforço..

Preguiça, distração.

Suor, suor...

Dor.. dor.. e mais dor..

Suportando, respirando.. 1, 2, 3, 4, 5 ..

Ufa.. melhor que começar.. é terminar..

Banho frio.

Pronta pra vida!

Ser, ser, ser..

Tava caminhando rumo a yoga e vi um moço que traduziu uma percepção:

Ele tava em um carrão, desses jipões, que não sei o nome, mas que são bem imponentes e deixam quem está dentro mais forte e mais durão.

Por um instante cruzamos o olhar. Ele era um executivo, com “cara” de bem-sucedido, devia ter uns 40 e poucos anos, mas parecia um menino muito, mas muito assustado.
Nem o carro, nem o terno, nem a imponência daquele cenário desmentiam isso. Tava tudo ali, no olho, na cara, para quem quisesse ver.
“Antes de ter” tem que ser. Às vezes se tem antes de ser, mas o que se faz quando não somos? De nada adianta as coisas externas, porque não nos sustentamos internamente e sempre acabamos mostrando, atrás de toda a “banca” o que somos de verdade...

Pequeno Príncipe





A raposa pediu que o Pequeno Príncipe a cativasse.
“– O que é cativar?’, perguntou o Pequeno Príncipe.
“– Cativar é assim”, explicou a raposa. “Eu me assento lá longe e você se assenta aqui. Eu olho para você e você olha para mim. No dia seguinte nos assentamos mais perto. Eu olho para você e você olha para mim. Até que nos assentamos juntos. Se você me cativar eu pensarei em você, conhecerei o ruído dos seus passos e sairei da minha toca quando você chegar...” Aconteceu então que o Pequeno Príncipe cativou a raposa. O tempo passou e chegou um dia em que ele disse à raposa:
“– Preciso ir...”
A raposa disse: “– Vou chorar...”
“Não é culpa minha. Eu não queria cativar você. E agora você vai chorar... O que é que você ganhou com isso?”
“– Ganhei os campos de trigo”, disse a raposa.
“– Como assim?”, perguntou o Pequeno Príncipe sem entender.
“Eu sou uma raposa. Eu como galinhas, não como trigo. Os campos de trigo não me comovem. Mas porque você me cativou eu amarei os campos de trigo. O seu cabelo é louro. Os campos de trigo são dourados. Assim, quando o vento bater nos campos de trigo eu me lembrarei de você e sorrirei...”.