Tava caminhando rumo a yoga e vi um moço que traduziu uma percepção:
Ele tava em um carrão, desses jipões, que não sei o nome, mas que são bem imponentes e deixam quem está dentro mais forte e mais durão.
Por um instante cruzamos o olhar. Ele era um executivo, com “cara” de bem-sucedido, devia ter uns 40 e poucos anos, mas parecia um menino muito, mas muito assustado.
Nem o carro, nem o terno, nem a imponência daquele cenário desmentiam isso. Tava tudo ali, no olho, na cara, para quem quisesse ver.
“Antes de ter” tem que ser. Às vezes se tem antes de ser, mas o que se faz quando não somos? De nada adianta as coisas externas, porque não nos sustentamos internamente e sempre acabamos mostrando, atrás de toda a “banca” o que somos de verdade...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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3 comentários:
Muito bom Narinha!
A maioria das pessoas tem essa necessidade de materializar seus desejos, mas dificilmente estão preparadas para encarar, não o externo, mas a si próprios.
Talvez por isso as flagramos, assustadas, ao se depararem desprevenidas frente a frente com outro ser humano. Será que isto faz lembrarem do que realmente são? Desconfio que sim.
Olhar pra dentro pode ser doloroso. E dá muito mais trabalho.
Bjs.
...estar de bem com a vida...não há nada melhor...
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